JACOB JR. MY JEWISH WORLD. SACHSENHAUSEN KONZENTRATIONSLAGER/GERMANY

SACHSENHAUSEN KONZENTRATIONSLAGER MAIN ENTRANCE - TOWER A/GERMANY


Shalom! World.

Monday, Tammuz 2, 5774. June 30, 2014.


"And i know one thing more, that the Europe of the future cannot exist without commemorating all those, regardless of their nationality, who were killed at the time with complete contempt and hate, who were tortured to death, starved, gassed, incinerated and hanged ..." Andrzej Szczypiorski, Sachsenhausen prisioner.

"Existe um meio de alcançar a liberdade, contudo apenas através desta chaminé." Declaração dos oficiais da SS para os prisioneiros que chegavam a Sachsenhausen.

Sachsenchausen Konzentrationslager foi construido durante o verão de 1936, pelos prisioneiros do Campo de Concentração de Emsland. Este foi o primeiro campo a ser estabelecido após a indicação de Heinrich Himmler como Chefe da Polícia Germânica (Reichsfüher-SS) em julho de 1936. O complexo foi idealizado por arquitetos da SS como modelo para outros campos de concentração.
O projeto arquitetônico teve como principal objetivo, materializar a expressão arquitetônica do mundo Nazista, sua visão de como demostrar simbolicamente a submissão dos prisioneiros sob o absoluto poder das SS. Como modelo o campo foi usado para treinamento, localizado bem próximo de Berlim em Oraniemburg, Sachsenhausen possuía um status especial na esfera do sistema de campos de concentração Nazista. Isto foi enfatizado em 1938 quando a Central de Gerenciamento dos Campos de Concentração foi transferido de Berlim para Oranienburg. Em Sachsenhausen formalizava o Sistema do Terror, os burocratas da morte que ai serviam, tiveram um papel significativo no genocídio contra os Judeus europeus. Eles coordenaram o assassinato em massa de prisioneiros soviéticos, durante a guerra, nos campos de concentração, assim como o sistemático processo de disseminar doenças entre os prisioneiros. Todos os assassinatos em massa e até mesmo a morte de um prisioneiro era registrado na Central de Gerenciamento. A Central decidia sobre as condições das prisões e as rações que levassem a morte lentamente, o trabalho escravo e as punições nos Campos.


Mais de 200.000 pessoas foram feitos prisioneiros em Sachsenhausen KZ no período de 1936 a 1945. Inicialmente, o regime nazista priorizou o espaço para os oponentes políticos. Contudo, em pouco tempo eles foram acompanhados por membros de outros grupos, definidos pela ideologia Nacional Socialista, como racialmente ou biologicamente inferiores e, após 1939, por mais pessoas oriundas de países ocupados na Europa.
Dezenas de milhares deles, morreram de fome, doenças, trabalho forçado e mal tratos, ou foram assassinados sistematicamente pela SS. Milhares de outros prisioneiros morreram nas marchas da morte após a evacuação do campo, antes da chegada das forças libertadoras aliadas. Por volta de 3.000 prisioneiros que se encontravam doentes, e incapacitados de caminharem foram deixados em Sachsenhausen. Sachsenhausen foi liberado pelas tropas soviéticas e polonesas em 22 e 23 de abril de 1945.


As primeiras execuções aconteceram entre dezembro de 1936 e fevereiro de 1937 sobre os seguintes prisioneiros Judeus: Julius Burg, Bernhard Bischburg, , Franz Reyersbach, Kurt Zeckendorf e Friedrich Weikler, após serem brutalmente torturados.

Durante a primavera de 1938, os prisioneiros passaram a usar triângulos coloridos presos em suas roupas que os marcavam como: prisioneiros em custódia preventiva; antissociais; Judeus; ou membros de outros grupos. Os prisioneiros eram definidos dentro de uma larga categoria definida pela teoria social e racista idealizada pelos nazistas. Os oficiais da SS geralmente definiam arbitrariamente a qual grupo um prisioneiro deveria ser incluído e esta definição inevitavelmente significaria a diferença entre a vida e a morte.

KREMATORIUM
Em setembro de 1939, precisamente uma semana após a invasão da Polônia pelo exército alemão, o Chefe da Gestapo, Reinhard Heydrich deu a ordem de prender todos os Judeus poloneses. Até o fim de dezembro de 1939, milhares de Judeus, principalmente de Berlim foram trazidos a força para Sachsenhausen. Eles eram mantidos isolados e torturados o que resultou nas primeiras cinco semanas 35 assassinatos.

CÂMARA DE GÁS
Em 6 de novembro de 1939, uma unidade especial da Gestapo prendeu 183 professores e estudantes em Krakow. Destes 169 foram deportados para Sachsenhausen. Treze deles não sobreviveram por fruto de péssimas condições higiênicias e maus tratos.




Na noite de 19 de novembro de 1939, a Gestapo deportou 1140 estudantes de Praha e outras cidade checas para Sachsenhausen. 

"Operação 14f13". De 4 a 8 de abril de 1941, uma comissão de médicos examinaram cerca de quatrocentos prisioneiros em Sachsenhausen. Este foi o início do programa nacional nazista que tinha o nome de Operação 14f13. Este programa foi responsável pela condenação a morte de 15.000 prisioneiros que supostamente estavam doentes e a solução seria a instituição da eutanásia institucional, através do assassinato em câmaras de gás. Em Sachsenhausen, 550 prisioneiros foram executados pelo projeto 14f13.

ESTAÇÃO Z - LOCAL DE EXECUÇÕES-ARMAS DE FOGO E ENFORCAMENTOS
ESTAÇÃO Z
Estação Z. Em maio de 1942 o Complexo da Morte foi finalizado em Sachsenhausen e foi ironicamente denominado como Estação Z por ser a última letra do alfabeto o que para os prisioneiros significaria a morte. EZ continha quartos para execuções sumárias com tiros na nuca, quatro fornos crematórios e a partir de 1943 sua própria câmara de gás.  Em fevereiro de 1945 a câmara foi usada para a execução de 30 mulheres, vindas de campos satélites. A SS usava a EZ para execuções de prisioneiros, já presentes em Sachsenhausen e prisioneiros que chegavam especificamente para serem executados!

BARRACA 38 - JUDEUS
A separação dos prisioneiros Judeus de Sachsenhausen dos outros prisioneiros aconteceu em outubro de 1942 e a partir de 23 de outubro do mesmo ano eles foram transferidos para Auschwitz. Himmler ordenou a deportação de todos os prisioneiros Judeus presentes na Alemanha para Auschwitz. Conscientes da certeza da morte 18 jovens Judeus atacaram os guardas da SS durante a contagem diária dos prisioneiros, entretanto, surpreendentemente eles não foram imediatamente executados, mas foram enviados para Auschwitz.


Em 23 de janeiro de 1943, 1.600 prisioneiros detidos em Compiègne, perto de Paris, chegaram a Sachsenhausen onde cumpriram trabalho forçado nas empresas que compunham o esforço de guerra nazista. A maioria deles, vieram do nordeste da França. Foram presos por atuarem como opositores da administração colaboracionista do governo de Vichy.

Os prisioneiros tinham os pulsos atados às costas e eram pendurados, o que provocava uma morte lenta e dolorosa, com o rompimento dos ligamentos dos braços e o colapso dos músculos do diafragma.





Entre junho de 1944 e o início de 1945, numerosos comboios de trens, conduziram um enorme grupo de exaustos Judeus para Sachsenhausen. Muitos deles vieram de Auschwitz; outros diretamente da Hungria e outros da Eslováquia. A SS incialmente esvaziou os campos satélites como Glöwen e Schwarzheide, onde vários Judeus morreram. A ordem de Himmler era que todos os prisioneiros deveriam ser executados. Por várias razões esta ordem não pôde ser cumprida, então o Comandante de Sachsenhausen Anton Kaindl, constituiu uma unidade especial liderada por Otto Moll, ex diretor do Crematório de Auschwitz-Birkenau, para que executassem milhares de prisioneiros integrantes de uma lista pré estabelecida. Primeiro os Judeus e os enfermos. Numa segunda fase os prisioneiros que testemunharam os crimes cometidos pela SS. Durante as noites de 1 e 2 de fevereiro de 1945, 125 prisioneiros foram executados. Milhares foram transferidos para outros campos de concentração ou transferidos para Auschwitz. Muito poucos sobreviveram após a libertação.

O fechamento dos campos satélites do KZ Sachsenhausen teve início no inverno de 1945. A maioria dos prisioneiros Judeus vieram do campo satélite de Lieberose, próximo a Cottbus. Em 2 de fevereiro de 1945, a SS forçou os prisioneiros a marcharem cerca de 150 km até Sachsenhausen. Alcançaram Sachsenhausen, 1342 prisioneiros nos dias 9 e 10 de fevereiro de 1945. Os Judeus foram isolados nos blocos 13 e 14. De imediato a SS executou a tiros 50 Judeus recém chegados. Em poucos dias, mais 400 prisioneiros foram executados na Estação Z.


Sachsenhausen Memorial e Museu é baseado no conceito de descentralização, que tem a intenção de comunicar a história aos seus visitantes nos diversos locais que aconteceram. Treze exibições em diferentes locais tratam particularmente a história de cada link com um contexto mais amplo. Este espaço é complementado por exibições temporárias, presentes no Novo Museu. Sachsenhausen Memorial e Museu, também é um local de memória à dor, dentro do contexto internacional, enquanto conserva as diretrizes de ser um moderno museu histórico.


Shalom! Aleichem.

Suporte cultural:  L'Integration d'Association avec Israel et dans le Monde/Fr .

Comments

  1. Só posso descrever o que li, com duas palavras : - horror e dor !
    Aurélio ( Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa ) , pontua a maldade ( do latim malitate ) , como qualidade ou caráter de mau, perversidade, crueldade, iniquidade, malvadez .
    Eu acho que em Sachsenchausen e nos outros Campos de Concentração , o que aconteceu, foi muito mais do que isso.
    O que imperou pelos "arquitetos do mal ", foi uma paixão pelo ódio, pela aversão gratuita, e pela repugnância . Uma doentia intimidade com o repelente, o repulsivo, o desprezível .
    Como nomear pessoas assim ? Como nomear os donos, os senhores, os possuidores de atrocidades sem limites , os enfermiços e valetudinários da alma ?
    Não sei dizer, não consegui entender ainda. . .

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    1. Shalom! Verinha. Por uma triste coincidência, hoje quando publico este testemunho sobre Sachsenhausen, encontram os corpos de três adolescentes Judeus israelenses que foram sequestrados, ou seja, continuamos como vítimas de um ódio permanente em nossa história, contudo Am Yisrael Chai!!! Shalom! Aleichem.

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