JACOB JR. MY JEWISH WORLD. UM CERTO OUTONO EM BRATISLAVA
Memorial Chatam Sofer |
Eu havia sido convidado para proferir uma palestra no Museu da Cultura Judaica, a convite do Departamento da Cultura Judaica, orgão subordinado ao Ministério da Cultura da Eslováquia, localizado no Centro Histórico, numa bela construção do século XVII, com o objetivo de manter acesa a chama da legítima presença Judaica. É lastimável, presenciar o estado da Sinagoga, fechada há anos, por razões de pleno conhecimento, como consequência da Shoá (Holocausto).
Ao despedir-me da agradável presença dos poucos presentes, mas de grandiosa representação simbólica, segui em direção ao Radisson Blu Carlton Hotel, na Hviezdoslavovo, número 3. Nurit, me aguardava para jantarmos no Mezzo Café and Lounge, na Rybarska brana 9. Eu ia pensando na vida e numa saudade da minha amada companheira quando fui surpreendido por uma canção que vinha do Café L'Aura. Por muitas vezes já fui tocado emocionalmente com lembranças da nossa presença pelo Brasil, e aqui não foi diferente, era uma canção brasileira. Lembrei-me que certa vez em Berlin, com um cantor, no mínimo questionável, ouvi o Michel Teló, e outras vezes com muitas canções da época da Bossa Nova, em Paris. Lembrei-me de quando conheci Nurit, e ainda não lhe havia declarado o meu amor e seguíamos lado a lado conversando por um corredor de um Shopping Center em Zurich e sentia um desejo incontrolável de segurar a sua mão!
Pois bem, a canção tinha um verso que ficou martelando e sorrindo para mim todo o caminho de volta ao Hotel, "te amo espanhola"! Assim, o meu yetzer hara, foi atingido em cheio. Como acordado, jantamos e sugeri a Nurit, que comprássemos uma garrafa de vinho, tinto seco, de uva Malbec e um queijo camembert, para filosofarmos no Hotel. Ao chegarmos, deixei-a a vontade, pois, eu cuidaria de tudo e assim realizei. E mesmo ali, aquele verso não descolava da minha mente. Na primeira taça, propus um brinde ao nosso momento, Nurit sentiu-se surpreendida, mas não demonstrou, pelo contrário, ergueu a sua taça e propôs o seu brinde, desejando vida longa e repleta de momentos como este que passávamos. Após a segunda taça, iniciamos novos temas filosóficos e históricos da nossa passagem pela Argentina. E quando o conteúdo da garrafa finalmente se esgotou, tomei-a nos braços, deitei-a na cama e sentado sobre as suas coxas, sussurrei em seu ouvido, "te amo e quero uma espanhola", kkkkkkkkkkk. Nurit, sempre foi de uma rapidez incrível nas reflexões, desde a remota época dos Cafés, quando nos conhecemos e assim, como fruto de uma cumplicidade incomparável e sorrindo, deixou no ar, Jacob! meu louco amado, o que queres dizer? Não se faça de desentendida, Nuri, kkkkkkkkkk. Sorrimos juntos e imediatamente, pressionou, ambos os generosos gêmeos, um contra o outro, e com uma postura sedutora, deixou a senha, "coloque"!!!
Shalom! Aleichem.
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