JACOB JR, MY JEWISH WORLD. KONZENTRATIONSLAGER DACHAU/GERMANY - CAPÍTULO III


Friday, Adar 8, 5775. February 27, 2015.

Shalom! World.

Assassinatos e terror atingiram seu auge em Konzentrationslager Dachau em 1941 e 1942. A fome e doenças, em particular uma epidemia de tifo no inverno de 1942-43, exacerbou a situação que já se encontrava crítica. As medidas adotadas pela SS para reduzir o elevado índice de mortes, para manter o compromisso da produção armamentista com a mão de obra dos prisioneiros, apenas iniciou algum impacto em 1943. Neste momento os prisioneiros foram permitidos a receberem pacotes contendo alimentos e roupas. Incentivos pela produtividade no trabalho passou a ser implementado. As chances de sobreviver aumentaram, contudo, apenas para aqueles que estivessem em condições de trabalhar. Os considerados inválidos, eram deixados a morrer em Dachau, ou eram transportados para os campos de extermínio. O aumento vertiginoso de prisioneiros em Dachau no curso de 1944, deteriorou as condições existenciais dos prisioneiros. Em 1942, Dachau mantinha cerca de 10.000 prisioneiros e no final de 1944 constavam 63.000. Os prisioneiros trabalhavam prioritariamente nos sub-campos (Augsburg, Friedrichshafen, Kaufering, Haunstetten, Saulgau) e o campo principal era para os doentes, incapazes de trabalhar. 

Com a metódica intenção de desumanizar os prisioneiros, os seus cabelos eram cortados com no máximo de 2 cm de tamanho e uma faixa central de 5 cm de largura no centro da cabeça, com pelo zero, que criou o que era chamado o corte de a "estrada do campo". 

Uma cela para punição foi construída: 2.8 metros de altura, com uma janela no teto e uma largura  que impedia se agachar. Os cotovelos do prisioneiro em pé tocavam ambos os lados da cela. Não era uma cela de punição e sim de tortura.

As mulheres.

Até a fase final da guerra, Dachau era um Konzentrationslager para prisioneiros masculinos. No início do verão de 1944, a SS deportou cerca de 7.000 mulheres Judias para os sub-campos de Dachau, para desempenharem trabalho escravo. Com a evacuação do sistema de transporte  no início de 1945, as novas prisioneiras eram deixadas no campo principal. As mulheres eram submetidas ao mesmo tratamento desumano imposto sobre os prisioneiros, contudo, as mulheres sofriam violência sexual e avaliações físicas que avaliavam as suas condições de trabalho. Entre os anos de 1943 e 1945, as mulheres compunham os seguintes registros: húngaras, 5.211; polonesas, 1.542; gregas, 1.000; lituanas, 226; holandesas, 198; iugoslavas, 189; alemãs, 102; [...]. 


Em 20 de julho de 1944, a SS deportou toda a população Judia de Rhodes (Grécia) para o KZ Auschwitz e posteriormente para Dachau em outubro do mesmo ano. Cerca de 1.000 prisioneiras Judias foram conduzidas ao trabalho escravo em diversos sub-campos do complexo industrial de Kaufering até o final da guerra. 

O Complexo de Kaufering, sub-campo de KZ Dachau,  era composto por 8 campos para trabalhos forçados. Foram estimados que 30.000 prisioneiros passaram por Kaufering. Destes, cerca de 10.000 morreram em virtude das brutais condições de trabalho, doenças e das terríveis condições higiênicas do sub-campo. Apenas a poucos dias da liberação do campo de Kaufering, pelas tropas americanas, os prisioneiros foram transportados para Dachau, via trem ou pela Marcha da Morte. Os que não podiam caminhar foram deixados no campo, os outros tiveram um fim cruel: morreram por exaustão, executados pela guarda alemã ou pelos ataques aéreos. 



Experimentos Médicos.

Durante a guerra, os prisioneiros dos KZ foram usados criminosamente em experimentos médicos sob interesses militares. Dentre os interesses mais relevantes para as autoridades militares destacavam-se: infectavam os prisioneiros com o vírus da malária; experimentos bioquímicos e as autoridades militares aeronáuticas priorizavam pesquisas sobre a capacidade de sobrevivência dos seus pilotos sob altas altitudes e a capacidade de resistirem ao resgate aquático sob baixas temperaturas.

O desenvolvimento dos aviões a jato, capazes de ascenderem a grandes altitudes, confrontavam as autoridades médicas da força aérea, com algumas questões emergenciais como por exemplo: como seus militares lidariam com tais extremas condições e como sobreviveriam no caso de sofrerem abruptamente queda de pressão atmosférica. Mais de 70 prisioneiros morreram no curso destes experimentos.

Experimentos sobre hipotermia foram desenvolvidos em agosto de 1942, que buscavam encontrar o limite que os pilotos poderiam sobreviver quando de quedas nas águas geladas do hemisfério norte. Cerca de 90 prisioneiros morreram neste processo.

Os experimentos sobre a malária tiveram início em fevereiro de 1942 e foram conduzidos até março de 1945. O Professor Dr. Claus Schilling, chefe do Departamento de Doenças Tropicais do Instituo Robert Koch em Berlim, conduziu esses experimentos. Ele infectou 1.100 prisioneiros com malária.

Com o objetivo de produzirem um comprimido que tivesse o mesmo papel da penicilina, no verão de 1942, relevantes experimentos foram desenvolvidos em Dachau. Nos prisioneiros eram injetadas substâncias que provocassem grandes infecções, para que pudessem ser tratados com os citados comprimidos. Os resultados foram catastróficos: de 40 casos contaminados, apenas 4 foram considerados positivamente tratados. 

No verão de 1944 foram realizados experimentos com prisioneiros sobre a capacidade de sobrevivência - com fins militares - em caso de emergência e terem de beber água do mar. O Dr. Wilhelm Beiglböck foi o médico responsável pelos experimentos sobre 40 prisioneiros. O experimento consistia em isolar previamente o prisioneiro e privá-lo do consumo de água e assim quando a sede estivesse num nível crítico, oferecia água salgada, o resultado era devastador.  

Shalom! Aleichem.

Suporte cultural:  SOUL avec L'Integration d'Association avec Israel et dans le Monde/Fr .

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