JACOB JR, MYJEWISH WORLD. CONFERÊNCIA DE WANNSEE. BERLIN/GERMANY



Tuesday, Tammuz 27, 5775. July 14, 2015.

Shalom! World.

A CONFERÊNCIA DE WANNSEE


A Conferência de Wannsee realizou-se em 20 de janeiro de 1942, nos arredores de Berlim. De acordo com as notas da Conferência, Reinhard Heydrich começou por relatar aos funcionários públicos graduados lá reunidos como "Plenipotenciário para a Preparação da Solução Final da Questão Judaica Europeia". Os altos funcionários presentes à Conferência: Wilhelm Stuckart (Ministério do Interior); Roland Freisler (Ministério da Justiça); Erich Neumann (organização do Plano de Quatro Anos); Friedrich-Wilhelm Kritzinger (Chancelaria do Reich); Martin Luther (Ministério do Exterior); Alfred Meyer e Georg Leibbrandt (Ministério dos Territórios Orientais Ocupados); Secretário Geral  de Estado de Hans Frank no Governo Geral Josef Bühler; Gerhard Klopfer (chancelaria do partido) ; Otto Hofmann (diretor do Escritório de Raça e Assentamento da SS [Schutzstaffel-Esquadrão de Proteção]); Heinrich Müller (chefe da Gestapo); Adolf Eichmann (perito em Judeus de Heydrich; Karl Eberhard Schöngarth (chefe da Polícia de Segurança no Governo Geral); Rudof Lange (chefe regional da Polícia de Segurança na Letônia). Como resultado de sua nomeação, informou ele, era seu objetivo "obter clareza em questões essenciais". Heydrich continuou, informando à Conferência que Goering havia solicitado um "esboço de projeto" dos elementos essenciais - organizacional, factual e material - em relação à "Solução Final". Tal esboço, acrescentou ele, requereria "consultas prévias" de todos os Ministérios envolvidos "em razão da necessidade de procedimentos paralelos". 


A luta travada contra os Judeus até então, dizia Heydrich, envolveu primeiramente a expulsão dos Judeus "das várias esferas da vida do povo alemão" e depois a expulsão dos Judeus "do espaço vital do povo alemão". Agora, em sequência à "pertinente aprovação prévia do "Fürher", a "evacuação dos Judeus em direção ao leste emergiu" em lugar da emigração quanto a evacuação, salientava ele, deveriam ser consideradas "meramente medidas de conveniência", com as quais se adquiriria experiência que viria a ter importância "em vista da já próxima Solução Final da questão Judaica". 

Com orgulho, Heydrich recordou que, entre janeiro de 1933 e 31 de outubro de 1941, um total de 537 mil Judeus tinham sido "induzidos a emigrar" da Alemanha, da Áustria e do Protetorado. Heydrich esboçou a dimensão da tarefa que tinham pela frente. Aproximadamente 11 milhões de Judeus - incluindo os que viviam sob ocupação alemã, os Judeus dos Estados europeus neutros como a Turquia, a Irlanda e a Suécia, e os que viviam em Estados ainda em guerra com a Alemanha nazista, como a Grã-Bretanha - seriam afetados pela solução final.

Heydrich declarou: "Sob o comando apropriado, os Judeus devem ser postos para trabalhar no Leste no contexto da solução final. Em grandes colunas de trabalhadores separados por sexo, os Judeus aptos para o trabalho abrirão seu caminho para o Leste construindo estradas. Sem dúvida a grande maioria será eliminada por causas naturais. Quaisquer parcelas que no final sobrevivam consistirão, é claro, dos elementos mais resistentes. Esses elementos teriam de ser tratados adequadamente para evitar, como a experiência da história confirmava, a formação  da célula embrionária de um novo renascimento Judeu. O destino dos milhões de Judeus considerados incapazes para o trabalho, mais especialmente os idosos e os doentes, era muito mais simples, ou seja, a eliminação imediata.

Judeus com mais de 65 anos e veteranos de guerra condecorados seriam mandados para o "guetto de idade avançada" de Theresienstadt, basicamente para impedir as numerosas e previsíveis intervenções de vizinhos ou amigos alemães a seu favor.


Os números

Heydrich explicou que essa "solução final" dizia a respeito não somente aos Judeus que já se encontravam sob domínio alemão, mas "a aproximadamente onze milhões de Judeus" em toda a Europa. Ele então forneceu uma lista dos números envolvidos, incluindo 330.000 Judeus na Inglaterra ainda não conquistada. Todos os Judeus nos países neutros da Europa estavam relacionados: 55.000 na Turquia européia, 18.000 na Suíça, 10.000 Judeus na Espanha, 8.000 Judeus na Suécia, 4.000 Judeus na República da Irlanda e 3.000 em Portugal.

Os números apresentados por Heydrich incluíam 34.000 na Lituânia. Heydrich não mencionou que os outros 200.000 Judeus que viviam na Lituânia antes da guerra foram assassinados entre julho e novembro de 1941 pelo Einsatzgruppe A. Os números forma meticulosamente relacionados, cidade por cidade e vilarejo por vilarejo no relatório final do coronel Jaeger, de 1º de dezembro de 1941.

O maior número de Judeus listados por Heydrich era o da Ucrânia: 2.994.684. O segundo maior referia-se ao Governo Geral, 2.284.000. O terceiro maior referia-se à Hungria, aliada da Alemanha, 742.800, um número que incluía os Judeus da Rutênia, Transilvânia e áreas da Tcheco-Eslováquia anexadas pela Hungria em 1938 e 1939. O quarto maior número referia-se à zona não ocupada da França, 700.000, que incluía os Judeus sefaraditas das possessões francesas do Norte da África, o Marrocos, a Argélia e a Tunísia. Os seguintes na lista eram a Bielo-Rússia, 446.484, e os 400.000 Judeus da região de Bialystok.

A Hungria era aliada da Alemanha. Judeus que viviam em cinco outros países aliados da Alemanha também estavam relacionados: 342.000 na Romênia, 88.000 na Eslováquia, 58.000 na Itália, incluindo a Sardenha, 40.000 na Croácia e 2.300 na Finlândia. O menor número fornecido referia-se aos 200 Judeus da Albânia - ocupada pela Itália. A Estônia estava mencionada como "sem Judeus". Era verdade. Dos 2.000 Judeus da Estônia, de junho de 1941, metade havia escapado para a segurança oferecida pela União Soviética, ao passo que a outra metade já havia sido assassinada pelo Einsatzkommando.

Os funcionários presentes à Conferência de Wannsee concordaram com a sugestão de Heydrich de que a "solução final" deveria ser implementada em coordenação com Adolf Eichmann, chefe do setor de Heydrich. Como resultada dessa decisão, representantes de Eichmann forma enviados a todas as capitais europeias amigáveis. Apesar de agregados  às embaixadas alemães, recebiam suas instruções diretamente da seção de Eichmann, por telegrama, conforme as deportações eram planejadas e executadas.

Além das providências técnicas envolvendo milhares de trens e dezenas de milhares de milhas, um complexo sistema de subterfúgios teve de ser criado, para que a idéia de "reassentamento" pudesse ser apresentada como tolerável.

Tudo isso foi feito pelo setor de Eichmann, cujos representantes rapidamente puseram-se em ação na França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Romênia, Grécia, Bulgária, Hungria e Eslováquia. Reuniões regulares eram organizadas em Berlim para coordenar os complexos, mas essenciais aspectos das iminentes deportações; o despacho de trens lotados e o retorno de trens vazios.




Execuções nos Campos de Concentração e de Extermínio (Vernichtungslager, Konzentrationslager)

Majdanek: 78.000
Auschwitz: 1.100.000

Execuções nos Campos de Extermínio (Vernichtungslager)

Chelmno: 155.000 - 320.000
Belzec: 600.000
Sobibor: 250.000
Treblinka: 850.000



O Mischling

O Mischling era definido por uma disparatada mistura de critérios religiosos e raciais. Pessoas um quarto Judias eram denominadas Mischling, mas tinham permissão de se casar com outros alemães, embora não com outros Mischling ou com Judeus. Meio-Judeus também eram considerados Mischling, a não ser que fossem membros de uma Sinagoga ou que tivessem se casado com um Judeu, caso que eram considerados Judeus plenos (os chamados Geltungsjuden). Foi sugerida uma completa esterilização da população Mischling, uma sugestão apoiada pelo diretor do escritório de Raça e Assentamento, Otto Hofmann.


No final a Conferência não havia durado mais do que uma hora e meia.

Shalom! Aleichem.

Cultural Support:  SOUL avec L'Integration d'Association avec Israel et dans le Monde/Fr .

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