JACOB JR, MY JEWISH WORLD. ASSIMILANTENTUM

Baden-Switzerland

Monday, Shevat 8, 5776. January 18, 2016.

Shalom! World.

A existência Judaica está ligada e ameaçada por um fenômeno social que ameaça a sobrevivência do povo, a Assimilantentum (assimilação).  Vivendo entre povos modernos, o Judeu partilha com eles suas línguas e culturas, porém, semelhante participação natural não constitui assimilação. As memórias tribais (Stammeserinnerung) do Judeu alemão não estão ligadas a Herman dos Cherusci, mas a Judá Macabeu. Todavia, as fontes de sua vida espiritual (geistiges Lebeen) reside na história do espírito alemão. E, embora o Judeu alemão houvesse alcançado com o não-Judeu uma comunhão de trabalho (Arbeitsgemeinschaft), ele não conseguiu uma comunhão de vida (Lebensgemeinschaft), na qual pudesse preencher suas relações humanas e pessoais. Na Idade Média, era o grupo Judeu que sentia a pressão externa, enquanto a vida pessoal e interior do indivíduo, o qual passava sua estrita existência dentro do grupo, permanecia relativamente não afetada. Agora, é o indivíduo que é impelido ao isolamento. A comunhão espiritual (geistige Gemeinschaft) no trabalho cultural não havia levado a uma correspondente comunhão de almas (selischee Gemeinschaft). Há algo de problemático e insatisfatório nas relações do Judeus com os não- Judeus (goyn), portanto, há esperança de que uma rápida eliminação do anti-semitismo o removerá? A longo prazo, o antagonismo abrandará. Mas é preciso lembrar, acautelava ele, que o grupo Judaico estruturalmente não é uma simples confissão (Konfeesssion), porém uma forte fusão de elementos religiosos e tribais, não podendo deixar de ser afetado não apenas pelas intolerâncias religiosas mas também por outros instintos antagonísticos.     

Julius Guttmann, sentia que a análise estritamente empírica do caráter fatual do grupo Judaico e sua posição no mundo moderno, não justificava por si mesma uma decisão a favor quer do conceito nacionalista ou religioso do moderno Judaísmo no início do século XX. Mas uma tal decisão tampouco precisa basear-se nos sentimentos pessoais de um indivíduo. Pode-se chegar a uma decisão objetiva, acreditava Guttmann. Pois para uma tal decisão, faz-se mister voltar-se para a ética e para a filosofia da cultura. 

A esperança de um futuro nacional Judaico está baseada num sentimento de grupo que se concentra por inteiro no Judaísmo, portanto, deve necessariamente conduzir a um anseio por uma vida grupal Judaica fechada. Onde existe essa meta, a esperança de uma melhoria gradual (da posição) dos Judeus na Diáspora não deve importar muito, e apartar-se do mundo cultural presente em prol de uma vida harmoniosa e sem perturbações, numa comunidade Judaica, não parece ser uma decisão demasiado difícil. Entretanto, apenas sob a pressão da mais estrita necessidade irá aquele que se sente parte desse mundo tomar a decisão de dar semelhante passo. Contanto que vislumbre esperança na melhoria da condição do Judaísmo em sua terra natal, ainda que seja somente através de um trabalho lento e laborioso, ele há de renunciar de bom grado à vida menos árdua que lhe está aberta em qualquer parte. Guttmann concluía que, para os Judeus da Europa Ocidental, a escolha coloca-se estritamente entre o sionismo político e o Judaísmo religioso; o nacionalismo cultural Judaico (Kulturnationalismus) em meio as culturas modernas seria impossível. Em mais um excelente artigo publicado em 1925, Guttmann ainda reforça o pilar sociológico: "Para a análise sociológica, a relação mútua entre a vida do grupo Judeu e a religiosidade Judaica torna-se naturalmente seu problema central... A forma de vida do Judaísmo da Diáspora é inteiramente condicionada pela religião."

Escrevendo após a Declaração Balfour, quando o Mandato britânico começara a vigorar, sob o título: Der Wiederaufbau Palästinas im Zusammenhang der jüdischen Geschichte (A reconstrução da Palestina no Contexto da História Judaica), Guttmann, consciente do giro momentoso que a história Judaica havia sofrido, apresentou suas ideias acerca da cultura Judaica numa nova Palestina. Todos os Judeus, inclusive aqueles que não desejavam ver afetado o seu status político pessoal por uma mudança nacional, devem compreender que a reconstrução da Palestina significa uma renovação da vida Judaica em toda a parte. Em um Judaísmo de unidade inquebrantável, o espírito Judaico estará apto a desdobrar-se sem impecilhos e  sua vida criativa tornar-se-á uma fonte de força na qual o Judaísmo da Diáspora poderá reter-se. A posição da religião no novo Estado não seria diferente da dos países europeus, porque o Estado Judeu será um Estado secular, previa Guttmann. Mas, pela primeira vez, a religião Judaica terá a oportunidade de desenvolver suas potencialidades numa sociedade moderna sem estar onerada, como ela está na Diáspora, com a responsabilidade pela sobrevivência do Judaísmo. Essa tarefa será assumida pelo Estado.  A religião encontrar-se-á em condições de reconquistar sua plena influência, impregnando uma cultura autônoma e ética de espírito religioso. Ainda que a nova comunidade Judaica não seja uma comunidade religiosa, uma religiosidade Judaica vital pode tornar-se central para o desenvolvimento do Judaísmo. Os elementos materiais com os quais se construiria a nova cultura não poderiam ser diferentes dos de qualquer cultura européia. A esse respeito a cultura da nova pátria, não poderia ser Judaica. "Somente o poder modelador do espírito na nação de criar algo de valor diferente e novo a partir de materiais que são adotados pode ser Judaico." A força da ideia religiosa na nova Palestina determinará a sua influência sobre a Diáspora Judaica. O Judaísmo da Diáspora permanecerá como um grupo religioso. Não há nele lugar para uma cultura Judaica. Mas o espírito Judeu da nova pátria falar-lhe-á como uma realidade vivida, e não mais apenas por meio da história. 

Shalom! Aleichem.

Suporte cultural:  Jacob Jr. B.A.C.E., avec L'Integration d'Association avec Israel et dans le Monde/Cz.

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