JACOB JR. MY JEWISH WORLD. FILOSOFIA JUDAICA - CAPÍTULO I




Sunday, Elul 5, 5774 - August 31, 2014.

Shalom! World.

Devemos a Julius Guttmann e Isaac Husik uma reflexão substancial sobre o conceito filosófico Judaico, especificamente sobre os aspectos da filosofia da religião e de sua dialética com as ideias de D'us, revelação, eleição no contexto de uma tradição particular e no entendimento de um analista em que a razão lógica e metodológica se encontram e contando com as reflexões de Immanuel Kant e Schleiermacher. Segundo Guttmann, a filosofia Judaica é essencialmente religiosa, impregnada nas suas fontes pelo monoteísmo. Os seus pressupostos especulativos encontram-se no Tanach e no Talmud. O pensamento Judaico registra o distanciamento do culto às imagens e a religião Judaica e seu pensamento tem a sua característica na ideia do ser divino como transcendente ao mundo. A relação entre D'us e o homem é um relacionamento ético-volitivo entre personalidades morais. A prática se sobrepõe a razão pura. e aqui revemos a presença deste conceito sobre a obra de Kant. Esta influência resultará na postura de enfrentamento que Hegel desenvolveria sobre Kant ao afirmar que Kant era "o Judeu de Königsberg". O fundamento conceitual antissemita de Hegel afirmava que o Judeu não teria o direito de ter algum espaço no mundo moderno. Ele deveria ser "abolido e elevado" ao último patamar do espírito do mundo. Daí às racionalizações dos pogroms foi apenas um passo. Formulou-se a base teórica da extinção. Retornando ao estudo filosófico do Judaísmo, Guttmann afirma a incompatibilidade do Judaísmo com a mitologia, pois na religião Judaica a natureza perde a sua qualidade divina; em vez de lugar de morada do divino, tornou-se, ela mesma a obra nas mãos de D'us. O elemento a ser buscado é a "verdade" e no conceito Judaico, ela já foi revelada (a Revelação) e assim separa a religião da filosofia. Saádia Gaon foi questionado como lidar com a razão e a revelação sobre o conhecimento e sua resposta mantém o papel da Revelação como instrumento de formação do homem e assim é um instrumento racionalista. A filosofia Judaica tem em sua razão existencial a composição estrutural da convivência social, amparada sobre o mundo ético e assim o messianismo é imperativo e eterno, como inalcançável e continuamente presente. A corrente ortodoxa Judaica, Neturei Karta, tem como sua mais destacada característica a negação da existência de um Estado Judeu antes da chegada do Messias, segundo a sua interpretação, a Revelação condicionou uma ordem inquestionável, portanto a presença hoje do Estado Judeu impede a chegada do Messias. Segundo a Neturei Karta a diáspora foi uma escolha de D'us para o povo Judeu e assim deveríamos aceitar este destino sem relutância, contudo a Torá é pródiga sobre o tema do livre-arbítrio, lembremos do momento da travessia do Mar Vermelho, quando Moshê Rabeinu chega às suas margens e descobre que "apenas" pedir a D'us a salvação não seria suficiente, mas que o homem, dispondo do livre-arbítrio deveria ser protagonista e correr o risco de fazer a sua parte e acreditar, caminhando de encontro às águas e assim elas se dividiram, ou seja, o caminho rumo a Erets Israel foi construído com a participação do Criador e da criatura.

Shalom! Aleichem.

Suporte cultural:  SOUL avec L'Integration d'Association avec Israel et dans le Monde/Fr .

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