JACOB JR, MY JEWISH WORLD. HOCHSCHULE FÜR DIE WISSENSCHAFT DES JUDENTUMS. BERLIN/GERMANY
Friday, Adar 29, 5775. March 20, 2015.
Shalom! World.
A Hochschule für die Wissenschaft des Judentums (Escola Superior da Ciência do Judaísmo), em Berlim, foi um seminário para formar rabinos liberais e scholars Judeus de feitio moderno, sua fundação se deu em 1869, abriu suas portas em 1872 e as fechou em 1942, quando os editos nazistas forçaram-na a cessar o ensino. Durante cinquenta anos de sua existência, a H.W.J. não teve cadeira de filosofia, ela fora primordialmente uma escola para a formação de rabinos liberais. Mas não era este o intento de seus fundadores. Tinham evitado cuidadosamente inserir no nome da Instituição qualquer indicação nesse sentido. Haviam estipulado que os curso deviam ser dados "exclusivamente com vistas ao puro interesse da Wissenschaft des Judentums (Ciência do Judaísmo), de sua preservação, avanço e propagação", e esperavam que o caráter expressamente científico da escola atrairia muitos estudantes não teológicos. Tais expectativas não se realizaram. A escola produziu um número impressionante de scholars, mas para todos os propósitos práticos foi um seminário rabínico. Os anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial trouxeram alguma mudança. Um novo tipo de aluno começou a ingressar na Hochschule, não muitos - o corpo discente nunca fora muito grande - mas o suficiente para fazer-se sentir.
Neue Synagogue - Berlin |
Desde o começo, a Hochschule atraiu sobretudo estudantes que provinham de famílias ortodoxas e que formavam a maioria de seu corpo de alunos. Alguns eram filhos de rabinos e muitos, de professores de matérias Judaicas. Em grande parte procediam de pequenas comunidades da Silésia, da província de Posen, da Prússia Oriental e da Alemanha Meridional, em que a firme tradição de uma vida Judaica nunca vacilara. A Hochschule também contava com um influxo constante de estudantes da Europa Oriental, jovens ligeiramente mais velhos do que a média de seus colegas alemães, que haviam passado longos anos imersos em estudos Judaicos tradicionais e que estavam ansiosos por expor os métodos e os princípios que as yeschivot lhes tinham ensinado para questionar o saber crítico de natureza acadêmica. O "novo estudante" não partilhara da atmosfera da pequena comunidade Judaica, nem possuía qualquer cabedal mais considerável no campo dos estudos de Judaísmo. O mais provável era que um dos vários movimentos juvenis Judaicos surgidos em anos recentes o tivessem tornado consciente do problema Judeu.
A Hochschule ensinava Wissenshaft (ciência) e carecia um pouco de Wettanschauung, uma cosmovisão e a percepção de mundo ampla. Portanto o ensino era estritamente acadêmico e raras vezes o professor permitia que a "opinião" ou a Tendez (tendência) colorissem sua apresentação. O estudante que vinha em busca de inspiração ou orientação no tocante às controvérsias religiosas então em curso ficava por certo desapontada.
A Academia devia não formar teólogos, mas professores de religião - um quadro de jovens que estivessem totalmente imbuídos de saber Judaico e que fossem às comunidades Judaicas a fim de reformar a superficial instrução religiosa nelas ministrada e levassem a mocidade às fontes vivas da religião Judaica. Hermann Cohen, via a Academia, tal como ela se afigurava a seus olhos, não apenas como um lugar para a formação de scholars e pesquisadores, mas como algo pelo qual havia esperado e ansiado, um meio de intensificar e renovar o espírito do Judaísmo. Em 1919, Eugen Taeubler, o primeiro diretor do Forschhungs-Institut für die Wissenschaft des Judentums (Instituto de Pesquisa da Ciência do Judaísmo), anunciou haver redigido um plano organizacional para o funcionamento do Instituto. A meta da Academia era a de alçar, através dos esforços acadêmicos de seus membros, os estudos Judaicos em extensão e profundidade, ao nível do saber científico geral - um nível, que o estudioso Judeu, salvo em alguns casos individuais, não havia atingido. A ciência Judaica achava-se na escuridão. Taeubler afirmou que, "A Academia deve tornar-se a alavanca para erguê-la ao domínio das ciências gerais e conduzi-la para além da moldura nacional-religiosa (über den völkisch-religiösen Rahmen hinaus) àquela presença efetiva no conjunto da cultura que sua riqueza interna merece."
Quanto mais conscientemente o Instituto de Pesquisa for guiado na seleção de seus tópicos pelas necessidades internas da ciência Judaica, tanto mais apto estará para contribuir a todo o conjunto da vida Judaica (jüdische Gesamtheit). Certa vez um estudante abordou Julius Guttmann e perguntou-lhe se, já que a Wissenschaft des Judentums (Ciência do Judaísmo) era judisches Lernen (estudo e prática Judaicos tradicionais), não podia ela constituir ela por si própria uma forma suficiente e plena de vida Judaica? Guttmann replicou que o moderno saber Judaico não era estudo Judaico no sentido tradicional, que se podia até imaginá-lo praticado por um não-Judeu (goyn), e que os Judeus que passavam o dia no lernen não renunciavam ao rezar.
Shalom! Aleichem.
Suporte cultural: SOUL avec L'Integration d'Association avec Israel et dans le Monde/Fr .
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