JACOB JR, MY JEWISH WORLD. UM CERTO INVERNO EM PRAHA - CAPÍTULO VIII

Tammuz 20, 5774 - July 18, 2014.

Shalom! World.

"Modê ani, ..." De certo que por poucos minutos consegui me desligar da mais radiante euforia que já havia sido tomado, ao lembrar-me do corpo de Miriam se contorcendo sob o meu comando, algo de divino poderia ser comparado, afinal a vida se constrói e se perpetua pela ação sexual e isto é uma benção e extremamente saudável. 

Comi algo bem rápido e rumei de volta à casinha de Miriam, afinal não queria em nenhum segundo desapontá-la. Contudo durante o caminho já fui prevendo algumas providências que deveria tomar, pois lembre-me do peso das malas e definitivamente seria absolutamente impossível para mim carregar aquelas malas até a estação, portanto ao avistar o primeiro carregador disponível, comuniquei a minha necessidade e que foi imediatamente aceita, depois de uma pequena batalha sobre o valor a ser contratado. Deixei-o em frente ao prédio e subi para encontrar a Miriam já pronta e com a face portadora de uma expressão, normal, muito normal, de certo que me abati, aguardava um sorriso presente nos amantes depois de sua primeira noite juntos. Shalom! Aleichem Miriam, Aleichem Shalom! Jacob e você cumpriu o que foi tratado, todá rabá. Meu querido Jacob, não se preocupe que em outro momento conversaremos sobre a nossa noite, neste momento precisamos ser muito breves, pois não posso perder este trem e dentro de uma semana estarei de volta. Como previ, certifiquei-me de que não seria capaz de conduzir ambas as malas ao mesmo tempo, daí desci com uma e depois com a segunda e confirmei com Miriam que seria na plataforma para Dresden e seguimos, eu e o pequeno carregador. As ruas em Praha continuavam lentas em virtude da nevasca da noite anterior e assim tomávamos muito cuidado para não escorregarmos. 

Chegamos a Praha Hlavni Madrazi (estação de trem) e encontramos a indicação da plataforma 3 para o trem que seguiria para Dresden. Paguei ao jovem rapaz, não antes do mesmo reclamar que merecia mais em virtude do peso e da alta camada de neve que tivemos de vencer. Fui irredutível e paguei o combinado. 

Como estava tão excitado com os acontecimentos, até aquele momento não havia me apercebido de como estava desapontado, com sono e fome, uma amarga combinação! Não podia me deslocar para comprar algo, pois não poderia deixar as malas sozinhas, depois me conformei, pois assim não gastaria este dinheiro. O tempo foi se aproximando para a partida do trem e nada de Miriam, o que teria acontecido? O próximo trem sairia dentro de três horas. Passei a suar, o que poderia fazer? Afinal tinha de ir a yeshivá, estava com fome e não podia deixar as malas sozinhas, que dilema, onde andarás Miriam? A solução me veio na pele do jovem que havia feito o transporte das malas, que vi perambulando pela estação e não foi difícil chamá-lo e encarrega-lo de retornar a casa de Miriam e certificar sobre o que aconteceu e no caso de não encontrá-la, deveria procurar o senhorio ou senhoria que administraria o prédio. Depois de acertarmos o valor e os detalhes, o jovem rumou à sua missão.

Fim do Capítulo VIII.

Shalom! Aleichem.

Suporte cultural:  L'Integration d'Association avec Israel et dans le Monde/Fr .